Com toda essa
tecnologia de hoje em dia, se esquece do que realmente é bom
Com o toque de um
botão as pessoas se conectam, na minha época, para que isso acontecesse, o
rádio deveria estar ligado, a família toda reunida em volta daquela caixa de
madeira curiosa que nos agraciava com suas ondas em que navegávamos juntos para
longe, as vezes com alguma rádio novela ou simplesmente ouvindo uma música
Por falar em música,
tínhamos as melhores músicas. Aqueles eram cantores de verdade. Camélia Alves me
fazia viajar com “Sabiá lá na Gaiola”. Me
arrepiava quando o Cantor das Multidões, Orlando Silva, entoava "Eu chorarei
amanhã". Hoje músicas são apenas extensões das personalidades das pessoas,
vazias e repetitivas.
Quando me recosto para ouvir rádio, sim,
ainda escuto rádio, tento lembrar-me das mesmas sensações que sentia quando
criança. O tapete de lã, feito pela minha avó, fazendo cócegas em minhas pernas
quando me sentava para passar horas ouvindo e pensando em como a vida seria
linda se ela fosse feita de música.
Para nós, o rádio
era uma vida, uma válvula de escape para o dia a dia, hoje ele é apenas peça de
um passado longínquo, uma peça descartada e velha.
O importante é que,
em mim, ele continua vivo, em minha mente e, mais importante, no meu coração.
Gosto de flutuar nas ondas do rádio, me sentir livre como sempre me senti
Era tão bom..... tão bom....
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