terça-feira, 30 de maio de 2017

A Mulher no Rádio

Mulheres buscam mais interação e reconhecimento profissional.


  O rádio é o meio mais instigante dos meios de comunicação. Através dele é possível criar, elaborar bons textos, trabalhar a locução e atuar no imaginário do ouvinte.A mulher necessita buscar cada vez mais conhecimento e apropriação.Afinal elas possuem espaço no meio, mas para se manterem é preciso muita dedicação.
  Em entrevista com a radialista Diana Rogers (Rádio Tupy), ela conta sobre como iniciou sua carreira no meio radiofônico. “Confesso que entrei no rádio pela paixão em me comunicar com outros. Sempre fui muito falante. O rádio ainda era uma novidade para mim. Não sou daquelas que desde criança escuta rádio e sonha em ter um programa. O despertar dessa paixão pelo rádio surgiu no meu primeiro dia de trabalho. O imediatismo, a facilidade em dar uma notícia, nossa, isso me fascinou! Eu nem precisava ajeitar o cabelo, bastava estar com a voz afiada que estava tudo certo”.
Muitas estudantes buscam mulheres que já atuam na área para obter informações sobre a profissão. 
  A radialista Samira Chahine que atua na rádio Mundial, diz que o amor pelo rádio é um sentimento praticamente nato. Quando se tem afinidade com o rádio, isso já é sentido antes mesmo de entrar na faculdade. Há mulheres que vão direto para o rádio.

  • ·         As dificuldades no meio radiofônico

A dificuldade que se encontra no início de carreira é exatamente a falta de conhecimento do mercado de trabalho e experiência. Segundo Samira o obstáculo que existe para as mulheres é o mesmo que os homens enfrentam. Porém, ela nota no mercado em que atua com estagiários, que as mulheres estão muito mais interessadas, demostrando mais criatividade e iniciativa do que os homens.
  • ·         Ainda há preconceito?


Visando a profissão no rádio, o machismo ainda impera. Principalmente se for falar de comunicadores. A grande maioria é do sexo masculino. As mulheres deveriam se dedicar mais para entrar no meio radiofônico, principalmente visando à bancada (apresentação de programa). Quase todos os programas são comandados por homens. Talvez porque muitas mulheres ainda não tenham coragem de arriscar. “Não se esqueçam que a maioria dos homens aprendeu a falar como uma mulher, o poder da comunicação independe do sexo”,comenta Diana.
No caso da radialista Samira, ela não sofreu nenhum tipo de preconceito por ser mulher. Diz que este é um mercado em que homens e mulheres atuam em harmonia: “ O que noto é que muitas vezes temos que entender o universo masculino e vice-versa porque as opiniões podem divergir em relação a alguns temas, mas tudo bem ajustado. Nunca notei preconceitos em nenhuma das empresas por onde passei. ”
  • ·         Novas mídias digitais


Com o surgimento das novas emissoras online, é possível uma mudança. O público da Web é diferente do público rádio de pilha. O rádio online é um futuro promissor, embora o tradicional ainda seja ouvido por donas de casa que estão cozinhando, taxistas, camelôs, motoristas de ônibus etc. É preciso também olhar para as outras mídias que dominam hoje no mercado.

  • ·         Referências de mulheres

Samira destaca alguns nomes como a Tatiana Vasconcelos (negociada pela CBN após anos de Band News- eleita por inúmeras vezes como a melhor âncora feminina do rádio) e a Vanessa Di Servo, que de repórter foi para apresentadora de jornal e atualmente se dedica a um programa diário de variedades na Rádio Globo, destaca também a Rosana Jatobá (Rádio Globo), que fez um caminho inverso, partindo da TV e migrando para o rádio em programa semanal.
Diana afirma ter uma repórter que admira muito e que teve a oportunidade de trabalhar na CBN, é a Ermelinda Rita: “Gosto muito do jeito que ela fala, seu texto é objetivo e intimista, se aproxima bastante do ouvinte. “E o rádio é isso, o melhor amigo do ouvinte”,completa.





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EDITORIAL

  Nosso intuito com essa publicação é mostrar o mundo das Web Rádios, um segmento que vêm crescendo com o avanço das tecnologias. Porém, quando o projeto foi tomando forma, percebemos que o mundo radiofônico em geral, que também compreende o rádio AM e FM, precisava ser abordado, por uma série de motivos, seja a crise atual que o rádio está sofrendo, seja por assuntos tão em pauta como o lugar da mulher na sociedade atual.
  Com isso, percebemos uma necessidade crescente de abordar esses assuntos, por falta de abordagem atual na grande mídia. Por serem concorrentes diretos de outros meios de comunicação, como cor exemplo a televisão, o rádio acaba sendo deixado de lado pelos grandes veículos. Esse é o nosso propósito, dar o devido valor e reconhecimento ao rádio e tudo o que ele proporciona.
  Durante a leitura, você vai perceber que os textos que foram produzidos seguem uma abordagem bastante atual, sem muitos termos técnicos para que o leitor possa entender do assunto tanto quanto quem é da área.
  Esperamos que nosso objetivo de mostrar atualmente como funciona o rádio e como ele poderá ser no futuro, seja alcançado. E que o leitor compreenda a importância desse meio de comunicação para a transmissão da informação durante décadas em que a televisão não existia e a internet não era nem sonhada.

  Sabemos que o leitor gostará de ler esses relatos tanto quanto nós gostamos de escrevê-los. Então, sente-se confortavelmente, ligue o rádio para entrar no clima, e aproveite a leitura.

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